segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Bauru, 1955

Em Novembro de 1955 Opa Franz foi passear em Bauru, levando consigo sua inseparável câmera. Lá pode registrar as operações do clube e nós começamos a identificar as pessoas que foram clicadas por sua lente. Alguns antigos personagens do vôo a vela aprecem, entre eles Hans Widmer (pai do Batata, avô do Gil...), Gerhard Prokesch (pai do Gunter), Kurt Hendricks e Werner Briest... dispensam apresentações.
Identificamos também a "metorologia dos sonhos" típica da região e que tantas vezes permitiu a realização de camponatos memoráveis.
Nesta seqüência de fotos voamos sobre os bairros que cervcam o aeroclube, e quem sabe algum veterano identifica uma piscina com formato de violão... aos mais novos que nunca ouviram falar da Casa de Eny aqui vai um resumo retirado do site da editora Objetiva que publicou o livro "Eny e o Grande Bordel Brasileiro". Vale a leitura, alguns vão suspirar de saudades, outros vão se divertir e imaginar quem eram os volovelistas que frequentavam a casa...

"Nunca houve uma dona de cabaré como Eny Cezarino. Nos anos 50 e 60, ela esteve à frente de um dos mais poderosos, famosos e prestigiados templos de sexo do país: a Casa de Eny, um verdadeiro cenário hollywodiano recriado na cidade de Bauru , no interior paulista. Pela propriedade de 15 mil metros quadrados transitaram celebridades, homens de negócios e políticos. A cafetina não media esforços para oferecer conforto e o máximo de prazer aos seus freqüentadores e para isso contava com quarenta quartos, duas suítes, piscina, jardins, saunas, restaurante, bares, salões de festa e, claro, dezenas de deslumbrantes mulheres.
Criada para casar, com uma sólida educação familiar, Eny Cezarino, uma jovem paulistana de origem italiana, poderia seguir tranqüilamente o mesmo caminho reservado às moças da sociedade. Mas o destino lhe reservou algumas surpresas e fez mudar o rumo de sua história. Discreta, bonita e elegante, ela conduziu sua vida como uma audaciosa mulher de negócios. A bela e temperamental moça que entregava marmitas nas ruas de São Paulo, acabou seduzindo muitos homens e construindo seu império do prazer em Bauru.
Implacável, conselheira, caridosa, sedutora, apaixonante, Eny conviveu com poderosos e os mais necessitados, ficou rica proprietária de vinte e seis imóveis e morreu pobre numa cama de hospital. Nunca deixou de ajudar sua família, criou dezenas dos filhos das meninas de seu bordel, e doava regularmente, mesmo depois de perder seu patrimônio, comidas e brinquedos para os orfanatos da cidade de Bauru. Morreu em 24 de agosto de 1987 aos 69 anos. "

Bom, vamos às fotos! Começamos com uma vista aérea do aeroclube...onde estão as casas e os prédios que hoje cercam clube!!?!
Do alto da torre de controle: esse portãozinho eu me lembro...ia para lá e para cá n vezes ao dia pois de um lado estava o bar onde eu me abastecia de picolés e mate gelado e do outro a barraca e a casa do Neblina...o verdadeiro clube para os "filhotes" e equipes.
Jogando papo fora na beira da pista: Hans Widmer, Gerhard Prokesch e Kurt Hendricks:
Esta na hora de decolar... este era o "Flamingo" que seria voado por Opa Widmer nesse dia. Também aparece na foto Werner (em frente ao planador) e Prokesch (ponta de asa) e alguem de chapéu que eu não sei quem é...

Alguém reparou que tem uma casinha embaixo deste céu?!?!?! Dias como esse que inspiraram o adesivo "I'd rather be soaring"
Werner se preparando para um vôo no Leister-Kaufmann:
Opa Franz, ??? e capitán Piaggio (um boliviano exilado no Brasil)De vez em quando tinham que dar um tempo nas operações, pois lá vinha o DC3 para o pouso. Quando o DC3 estava meia hora fora o capitán Piaggio se punha a gritar: "El comercial!!!!!"...e ninguem mais decolava:
Depois do vôo era hora do xadrez, aqui Opa Franz joga com Werner Bries
E onde seria a Casa de Eny?!? Outra atividade para depois do vôo...
Quem são? A direita é o Widmer.

Opa Franz e capitán Piaggio:
Widmer em meio aos planadores.E para fechar a sequencia de fotos de Bauru, um vôo que deve ter sido muito bom...
Opa Franz rebocado pelo Stearminho de Bauru:É para lá que vamos...Só que o cumulus acima não deu NADA! Revoltado, Opa Franz ficou furioso e deu meia volta, resolveu fotografar o cumulus e na sequencia produzir uma "térmica de manche" (na época não havia energia total) e registrar o painel...que indicava 4000 pés.